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quinta-feira, 31 de março de 2011

With or without you


Já falei antes? Repito: AMO o U2. E um pedaço de mim está dolorido por não poder ir aos shows aqui no Brasil.

Uma das minhas músicas prediletas é "With or without you". Ela sempre causou aquela sensação de... "o que ele quer dizer com isso"? E a música segue belíssima... encaixando-se às mil formas de interpretação. E isso é uma das belezas na poesia e música... cada pessoa interpreta de acordo com o seu sentimento e suas experiências...

Mas a curiosidade continuou e hoje eu li na internet uma suposta explicação do próprio Bono Vox. Fiquei surpresa com o contexto de criação da música... Mas ainda a admiro mais agora.

Transcrevo pra quem interessar possa:

"Bono: A letra é puro tormento. Naquela altura, havia uma espécie de colisão na minha cabeça entre o ser fiel à prórpia arte ou o ser fiel à minha companheira. E se os dois forem incompatíveis? O nosso dom versus a responsabilidade doméstica? Fui desde sempre o tipo de pessoa que se acomoda às situações, um viajante, um remendeiro por natureza. Gostava de vaguear de um lado para o outro e sentia-me feliz assim. Mas agora tenho uma pessoa, que eu amo mais do que a própria vida, mas interrogo-me se o motivo pelo qual não escrevo não será por me ter tornado um animal domesticado. Será que me deixei domesticar? Se conhecer alguém e quiser ir com essa pessoa, para descobrir como é o seu mundo, não posso, porque sou casado. Nem se trata de infidelidade sexual, lembro-me apenas de pensar: "será isto a vida de um artista? Vou ter filhos e assentar e traír o meu dom ou vou traír o meu casamento?" Foi um tempo de muita confusão na minha cabeça. Tinha conhecido umas quantas pessoas ao longo da minha vida que, para não lhe chamar outra coisa, se tinham aproveitado da minha ingenuidade e percebi que sabia muito pouco sobre este mundo. Agora parecia-me que ia passar a saber muito menos. Pode-se aprender política, cultura, mas também é preciso evoluir a nível emocional. Em muitos aspectos, penso que não tinha evoluido e, por isso, sentia uma tamanha incerteza. Havia em mim duas pessoas:a responsável, protectora e leal e a vagabunda e preguiçosa que só quer fugir às responsabilidades. Pensei que esta tensão me ia destruir, mas na verdade, eu sou mesmo assim. Afinal é esta tensão que faz de mim um artista. É no meio da contradição que se deve estar. E era lá que eu estava. Leal, mas na minha imaginação cheio de vontade de viajar. Um coração para conhecer Deus, e uma cabeça para conhecer o mundo, uma estrela de rock que gosta de perder as estribeiras e um pecador que sabe que precisa de se arrepender. Tudo andava em turbilhão na minha cabeça, mas, naquela altura, não percebi as coisas com esta clareza.

(...)


Bono: Por isso, aquela canção é sobre o tormento, tanto sexual como psicológico, sobre como reprimir os desejos os torna mais fortes. A frase mais importante é, provavelmente: "And you give your self away". A pessoa dá um abanão nas coisas e a tensão mental desaparece completamente e, então, podemos respirar de alívio. É isto qie significa "entregar-se" no aspecto musical."

Fiquem com a música:

"See the stone set in your eyes
See the thorn twist in your side
I wait for you

Sleight of hand and twist of fate
On a bed of nails she makes me wait
And I wait without you

With or without you
With or without you

Through the storm we reach the shore
You gave it all but I want more
And I'm waiting for you

With or without you
With or without you
I can't live
With or without you

And you give yourself away
And you give yourself away
And you give
And you give
And you give yourself away

My hands are tied, my body bruised
She got me with
Nothing to win and
Nothing left to lose

And you give yourself away
And you give yourself away
And you give
And you give
And you give yourself away

With or without you
With or without you
I can't live
With or without you

With or without you
With or without you
I can't live
With or without you
With or without you

Ooooooooo
Ooooooooo
Ooooooooo

With or without you
With or without you
I can't live
With or without you
With or without you

Uuuu
Uuuu"

(With or without you- Adam Clayton / Bono Vox / Larry Mullen Jr. / The Edge)

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terça-feira, 29 de março de 2011

Parabéns, Salvador!


Salvador faz 462 anos!

Hoje é dia de parabenização pelo aniversário de fundação da nossa (nem sempre) bela cidade.

Vamos a algumas curiosidades sobre a aniversariante:

  • Salvador foi fundada em 29 de Março de 1549 por Tomé de Sousa e sua comitiva. Desde que fundada a cidade de São Salvador já era cidade (nunca foi província) e foi a primeira capital do Brasil.
  • Salvador possui, hoje, mais de 2,6 milhões de habitantes, sendo a cidade mais populosa do Nordeste, a 3ª mais populosa do Brasil e 8ª da América Latina;
  • A capital da Bahia, que já foi chamada de Bahia também, é o 3º destino turístico mais procurado no Brasil.
  • Antes de sua fundação, em 1549, a região de Salvador já era habitada desde o naufrágio de um navio francês, em 1510, que trazia Diogo Álvares, o famoso Caramuru, na sua tripulação.
  • Em 1536, a região recebeu um donatário, Francisco Pereira Coutinho, que recebeu a capitania hereditário de El-Rei Dom João III. Desta feita, fundou o "Arraial do Pereira", nas imediações onde hoje é a Ladeira da Barra. Os índios não gostavam de Pereira Coutinho por causa de sua crueldade e arrogância. Por isso, seu fim foi ser servido de banquete numa festa antropofágica (ui).
Por hoje é só.
Apesar dos pesares (depois eu tecerei minhas críticas sobre a cidade), não posso deixar de registrar a minha admiração pela beleza natural da cidade (fantástica), pela cultura tão miscigenada e interessante e pela simpatia da população soteropolitana.
É isso: hoje deixo só os elogios.

Parabéns, Ssa!

Fonte: Wikipédia

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segunda-feira, 28 de março de 2011

O dia das mulheres já passou, mas a homenagem procede a qualquer tempo. Recebi de uma super-mulher (minha mãe), por e-mail, esse texto espetacular. Compartilho com vocês:

"Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!

E, entre uma coisa e outra,
leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.

Primeiro: a dizer NÃO.

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.

Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.

Seu pai e sua mãe acreditem, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

Tempo para fazer nada.

Tempo para fazer tudo.

Tempo para dançar sozinha na sala.

Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.

Tempo para sumir dois dias com seu amor.

Três dias.

Cinco dias!

Tempo para uma massagem.

Tempo para ver a novela.

Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.

Tempo para fazer um trabalho voluntário.

Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.

Tempo para conhecer outras pessoas.

Voltar a estudar.

Para engravidar.

Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina?

Destina-se há ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.
Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que se lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.. A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante"

(Martha Medeiros - Jornalista e escritora
)

sexta-feira, 18 de março de 2011

Sabedoria musical: canções que trazem felicidade (1)

... estrada de fazer o sonho acontecer: quem sabe isso quer dizer amor?

Algumas músicas são sábias. Às vezes mais sábias que muitos livros, filosofias, pessoas...
E existem aquelas especiais... que quando tocam provocam sentimentos.

Esse é um exemplar de música que "me traz felicidade". A sensação da paz tranquila de quem é feliz. A grande sabedoria da saber ser feliz... A letra e a melodia se harmonizam perfeitamente para este objetivo...


"Cheguei a tempo de te ver acordar
Eu vim correndo à frente do sol
Abri a porta e antes de entrar
Revi a vida inteira

Pensei em tudo que é possível falar
Que sirva apenas para nós dois
Sinais de bem, desejos vitais
Pequenos fragmentos de luz

Falar da cor dos temporais
Do céu azul, das flores de abril
Pensar além do bem e do mal
Lembrar de coisas que ninguém viu
O mundo lá sempre a rodar
E em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor,
Estrada de fazer o sonho acontecer

Pensei no tempo e era tempo demais
Você olhou sorrindo pra mim
Me acenou um beijo de paz
Virou minha cabeça

Eu simplesmente não consigo parar
Lá fora o dia já clareou
Mas se você quiser transformar
O ribeirão em braço de mar

Você vai ter que encontrar
Aonde nasce a fonte do ser
E perceber meu coração
Bater mais forte só por você
O mundo lá sempre a rodar,
E em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor,
Estrada de fazer o sonho acontecer"


(Quem sabe isso quer dizer amor- Márcio Borges e Lô Borges- By Milton Nascimento)


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domingo, 13 de março de 2011

Boas notícias

Há dias em que tudo que queremos é uma vida simples: normal, descomplicada, alegre...

Não há necessidade de nada mirabolante.

A cereja do bolo, seria receber uma boa notícia.

Só.

Pouca coisa: muita felicidade.


terça-feira, 8 de março de 2011

O carnaval não acaba?

Dodói desde sexta-feira.
Cada dia, um sintoma diferente: corize, tosse, dor no corpo, asma...

Gente... quando essa folia momesca se encerra?

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