segunda-feira, 31 de agosto de 2009
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Adiamento...
Adiamento
Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico...
Esta espécie de alma...
Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-rne para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo.
Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...
Amanhã é o dia dos planos.
Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o rnundo;
Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...
Tenho vontade de chorar,
Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...
Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
Só depois de amanhã...
Quando era criança o circo de domingo divertia-rne toda a semana.
Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância...
Depois de amanhã serei outro,
A minha vida triunfar-se-á,
Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático
Serão convocadas por um edital...
Mas por um edital de amanhã...
Hoje quero dormir, redigirei amanhã...
Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?
Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,
Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo...
Antes, não...
Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei.
Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.
Só depois de amanhã...
Tenho sono como o frio de um cão vadio.
Tenho muito sono.
Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...
Sim, talvez só depois de amanhã...
Álvaro de Campos/ Fernando Pessoa
E agora?
"Não me resta nada
Sinto não ter forças para lutar
É como morrer de sede no meio do mar e afogar
Sinto-me isolado
Com tanta gente à minha volta
Vocês não ouvem o grito da minha revolta
Choro a rir
Isto é mais forte do que pensei
Por dentro sou um mendigo que aparenta ser um rei
Não sei do que fujo
A esperança pouco me resta
Triste ser tão novo e já achar que a vida não presta
As pernas tremem
O tempo passa
Sinto o cansaço
O vento sopra
Ao espelho vejo o fracasso
O dia amanhece
Algo me diz para ter cuidado
Vagueio sem destino
Nem sei se estou acordado
Sorriso escasseia
Hoje a tristeza é rainha
Não sei se a alma existe
Mas sei que alguém feriu a minha
Às vezes penso se algum dia serei feliz
Enquanto oiço uma voz dentro de mim que me diz
(M) Chorei
(M) Mas não sei se alguém me ouviu
(M) E não sei se quem me viu
(M) Sabe a dor que em mim carrego
(M) E a angústia que se esconde
(M) Vou ser forte e vou-me erguer
(M) Ter coragem de querer
(M) Não ceder nem desistir
(M) Eu prometo
(M) Busquei
(M) Nas palavras o conforto
(M) Dancei no silêncio morto
(M) E o escuro revelou
(M) Que em mim a luz se esconde
(M) Vou ser forte e vou-me erguer
(M) E ter coragem de querer
(M) Não ceder nem desistir
(M) Eu prometo
Não há dia que não pergunto a Deus
Porque nasci?
Eu não pedi
Alguém me diga o que faço aqui
Se dependesse de mim teria ficado aonde estava
Aonde não pensava, não existia, não chorava
Prisioneiro de mim próprio
O meu pior inimigo
Às vezes penso que passo tempo demais comigo
Olho para os lados,
Não vejo ninguém para me ajudar
Um ombro para me apoiar
Um sorriso para me animar
Quem sou eu?
Para onde vou?
De onde vim?
Alguém me diga,
Porque me sinto assim?
Sinto que a culpa é minha mas não sei bem porquê
Sinto lágrimas nos olhos mas ninguém as vê!
Estou farto de mim,
Farto daquilo que sou,
Farto daquilo que penso
Mostrem-me a saída deste abismo imenso
Pergunto-me se algum dia serei feliz
Enquanto oiço uma voz dentro de mim que me diz
(M) Chorei
(M) Mas não sei se alguém me ouviu
(M) E não sei se quem me viu
(M) Sabe a dor que em mim carrego
(M) E a angústia que se esconde
(M) Vou ser forte e vou-me erguer
(M) Ter coragem de querer
(M) Não ceder nem desistir
(M) Eu prometo
(M) Busquei
(M) Nas palavras o conforto
(M) Dancei no silêncio morto
(M) E o escuro revelou
(M) Que em mim a luz se esconde
(M) Vou ser forte e vou-me erguer
(M) E ter coragem de querer
(M) Não ceder nem desistir
(M) Eu prometo"
Boss AC ft. Mariza - Alguém Me Ouviu (Mantém-te Firme)
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Dia do Advogado
Na verdade, não a todos, mas apenas a aqueles que prezam, defendem e levantam a bandeira da justiça. Aqueles que se mantêm no caminho da honestidade e da ética.
Para esses, meus parabéns!
Na verdade, ser advogado é uma coisa bastante complicada. Primeiro porque a maior parte da sociedade não acredita em você... Mas quando o problema surge, você tem a obrigação de fazer tudo dar certo.
E tem que conviver com um Judiciário cheio de problemas, burocracia e atendentes nem sempre disposto a colaborar com seu trabalho.
Isso sem falar na lentidão dos processos, que dificulta a solução para seus clientes e até o pagamento dos honorários.
Haja raça...
Parabéns a todos aqueles que passam por tudo isso e não deixam sua ideologia e seus valores se romperem jamais.