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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O que você quer saber de verdade?

Foto: "Solte seus cabelos ao vento, não olhe pra trás"

O Que Você Quer Saber de Verdade

"Vai sem direção
Vai ser livre
A tristeza não
Não resiste
Solte os seus cabelos ao vento
Não olhe pra trás
Ouça o barulhinho que o tempo
No seu peito faz
Faça sua dor dançar
Atenção para escutar
Esse movimento que traz paz
Cada folha que cair,
Cada nuvem que passar
Ouve a terra respirar
Pelas portas e janelas das casas
Atenção para escutar
O que você quer saber de verdade"


***

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Amor barato


* "Maria-sem-vergonha"
"Impatiens walleriana
Quando a imperatriz Maria Leopoldina veio da Áustria, em 1817, para morar com d. Pedro 1º, já se interessava por botânica. Como tinha saudades do Palácio de Viena, o imperador trouxe sementes de Impatiens, que foram plantadas no Jardim Botânico. O que não se imaginava na época é que a espécie se adaptaria tão bem. Por 'dar' em qualquer clima e local, ganhou o nome vulgar de maria-sem-vergonha.
"
Fonte: http://revistacasaejardim.globo.com/Casaejardim/0,25928,EJE1677399-2194,00.html


Amor Barato (Chico Buarque e Francis Hime)

"Eu queria ser
Um tipo de compositor
Capaz de cantar nosso amor
Modesto

Um tipo de amor
Que é de mendigar cafuné
Que é pobre e às vezes nem é
Honesto

Pechincha de amor
Mas que eu faço tanta questão
Que se tiver precisão
Eu furto

Vem cá, meu amor
Aguenta o teu cantador
Me esquenta porque o cobertor é curto

Mas levo esse amor
Com o zelo de quem leva o andor
Eu velo pelo meu amor
Que sonha

Que enfim, nosso amor
Também pode ter seu valor
Também é um tipo de flor
Que nem outro tipo de flor

Dum tipo que tem
Que não deve nada a ninguém
Que dá mais que maria-sem-vergonha

Eu queria ser
Um tipo de compositor
Capaz de cantar nosso amor
Barato

Um tipo de amor
Que é de esfarrapar e cerzir
Que é de comer e cuspir
No prato

Mas levo esse amor
Com zelo de quem leva o andor
Eu velo pelo meu amor
Que sonha

Que, enfim, nosso amor
Também pode ter seu valor
Também é um tipo de flor
Que nem outro tipo de flor

Dum tipo que tem
Que não deve nada a ninguém
Que dá mais que maria-sem-vergonha"

***

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Fôra ou fora? 1º Da série: "Não morra ignorante"

Acabei de criar outra "série" para o blog: "Não morra ignorante".

Imbuída do mesmo sentimento que motivou Sócrates a dizer "Só sei que nada sei", cheguei à conclusão de que, apesar de estudar a língua portuguesa há 23 anos (no mínimo), todo dia me deparo com uma dúvida e surpresa. E não estou nem falando das mudança gramaticais da última reforma, pessoal!

Hoje precisei conjugar o verbo ir em uma petição. Debilmente digitei no "word":

"A sentença fôra prolatada..."

Péééééééééééém! (Sirene imaginária que ecoou na minha cabeça, quando o "Word", demasiadamente esperto, grifou o "fôra" de vermelho, sugerindo trocá-lo por "fora".

Pára tudo! (Pára ou para?)

"Esse programinha de computador é um desaforado"- pensei eu...

Depois me bateu a dúvida: será que a tal reforma mudou isso também? "Fôra" vai ficar como "fora"? Tipo o oposto daquilo que não está "dentro" (fora)... ou tipo aquele que você dá num cara chatíssimo que insiste em saber seu telefone (fora?)?

É. Eu me irrito com dúvidas e não consigo terminar algo sem elucidá-las.

Qual não foi minha surpresa, quando descobri que "fora" (sim, "fora"), do verbo ir, nunca teve acento! E eu nem posso culpar a reforma gramatical.

Achei no site da Folha um esculacho ao meu conhecimento gramatical da língua portuguesa:

"10º-) Prescinde-se igualmente de acento gráfico para distinguir paroxítonas homógrafas heterofónicas/heterofônicas do tipo de acerto (ê), substantivo e acerto (é), flexão de acertar; acordo (ô), substantivo, e acordo (ó), flexão de acordar; cerca (ê), substantivo, advérbio e elemento da locução prepositiva cerca de, e cerca (é), flexão de cercar; coro (ô), substantivo, e coro (ó), flexão de corar; deste (ê), contracção da preposição de com o demonstrativo este, e deste (é), flexão de dar; fora (ô), flexão de ser e ir, e fora (ó), advérbio, interjeição e substantivo; piloto (ô), substantivo e piloto (ó), flexão de pilotar; etc."


Depois, achei num outro site (bem mais simpático), Cursode portugues , a mesma explicação e alguns outros exemplos ilustrativos, que me atrevo a copiar abaixo.


Fiquei bem feliz em saber que eu não era única a achar que "fora" era "fôra"... ufa... =)


Vivendo e aprendendo, né?!



Fontes:


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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Esse meu coração vagabundo...


"Meu coração não se cansa
De ter esperança
De um dia ser tudo o que quer

Meu coração de criança
Não é só a lembrança
De um vulto feliz de mulher
Que passou por meus sonhos

Sem dizer adeus
E fez dos olhos meus
Um chorar mais sem fim

Meu coração vagabundo
Quer guardar o mundo
Em mim

Meu coração vagabundo
Quer guardar o mundo
Em mim"

(Coração vagabundo- Caetano Veloso)


***