Tempo.
Há coisas que estão presas na garganta e soltas de forma desordenada na mente. Coisas que talvez não tenham respostas, coisas que devem ser simplesmente como são e não como eu acho que deveriam ser.
Ok. Coisas que descubro em mim. Muitas coisas. Absurdamente me olho no espelho, e não só as marcas do tempo me visitam. Pequenos detalhes que talvez tenham passados desapercebidos.
Eu gosto da minha cama de solteira. Meu colchão já tem o encaixe certinho do meu corpo. Eu gosto de voltar pra casa de noite e ver meus pais na janela. Gosto até mesmo quando não os encontro acordados, mas sei que estão ali do lado. Gosto da segurança do lar onde me sinto criança, sem responsabilidades maiores, sem grandes preocupações. O único lugar do mundo onde eu acredito que nada de ruim vai me acontecer.
E eu que já quis tanto voar longe, descubro súbito medo de mudar.
Coisas que nunca tinha reparado, mas existem. E importam, porque fazem parte de mim.
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