Quem nunca salvou sua “pele acadêmica” com uma simples consulta ao Google? Que atire a primeira pedra quem nunca o fez.
A verdade é que o mundo não sabe mais como vivia outrora, sem essa ferramenta preciosa que auxilia todos os pobres de bibliografia, com o “plus” da comodidade de sua própria casa.
A facilidade como se encontra material sobre qualquer coisa que se imaginar é magnífica. Esse compêndio internacional de cultura é uma “mão na roda” para qualquer um, desde os mais incultos, até os mais célebres e ávidos por informações.
O perigo é quando se dissemina a frágil idéia de que “o trabalho já está feito” e se pára a produção cultural por isso.
Felizmente, muitos entendem que o argumento acima é ridículo, e incorporam a idéia de que essa grande “redoma de informações” só funciona mesmo porque todos os dias alguém está produzindo algo diferente.
O caso é que muitas crianças no mundo, cujos genitores encontram-se cada dia mais fora de casa, numa incessante rotina “workaholic”, estão tristemente desencaminhadas das melhores instruções de “como fazer o dever de casa”. A facilidade trazida pela globalização informatizada faz com que muitos pequeninos acabem lançando mão de tal facilidade, desconhecendo o sentimento de satisfação por um trabalho bem feito. Isso porque, as pesquisas do Google poderiam sim ser fonte bibliográfica também para as crianças, devem inclusive fazer parte dela. O que não pode é fazer com que essas crianças acreditem que o trabalho já está pronto e coloquem em prática a maravilhosa idéia de “tomar emprestado”, cientificamente falando-se em “plágios”.
Mesmo antigamente, professores tinham com quem se preocupar, já que alunos já tinham a idéia de facilitar o trabalho, copiando de algum já pronto, ou para sobrar mais tempo para a brincadeira, ou por preguiça ou vaidade (quando copiavam melhores produções que as suas próprias). Mas, antes, pelo menos, eles se davam ao trabalho de ir à biblioteca, pesquisar livros, ler, e acabavam tendo a idéia de mudar aqui e acolá, para não parecer xerox do capítulo.
Agora, são tantos artigos, tantos trabalhos, teses, monografias sobre o “dever de casa”, e estão todos eles tão acessíveis e simples de alcançar, que a criança mal informada acaba por se contentar com um “Ctrl C + Ctrl V”.
Agora, são tantos artigos, tantos trabalhos, teses, monografias sobre o “dever de casa”, e estão todos eles tão acessíveis e simples de alcançar, que a criança mal informada acaba por se contentar com um “Ctrl C + Ctrl V”.
Em pesquisa realizada entre professores de Londres, houve relatos sobre trabalhos que traziam, inclusive, publicidade do Google impressa.
Ou seja, a necessidade de uma educação mais rigorosa bate à porta da educação mundial, sob pena de termos uma próxima geração atada à produção cultural já existente, sem mínima condição de sair dos raciocínios pré-moldados ofertados desde a sua infância.
Ou seja, a necessidade de uma educação mais rigorosa bate à porta da educação mundial, sob pena de termos uma próxima geração atada à produção cultural já existente, sem mínima condição de sair dos raciocínios pré-moldados ofertados desde a sua infância.
Abaixo, texto que fala da pesquisa realizada pela “Association of Teachers na Lectures (ATL)”, através da qual chegou-se ao estupefato número de 58% dos professores declarando que encontram plágios em trabalhos escolares.
“LONDRES - Mais da metade dos professores entrevistados em uma pesquisa britânica disseram acreditar que trabalhos plagiados da internet representam um problema. Alguns estudantes que copiam textos encontrados no Google, afirmam, são tão preguiçosos que nem mesmo apagam os anúncios que acompanham os textos que eles recortam e colam.A pesquisa da Association of Teachers and Lecturers (ATL) distribuiu aos professores britânicos um questionário de pesquisa, e os resultados indicam que 58% deles encontraram casos de plágio em trabalhos de alunos de segundo grau. Gill Bullen, do Itchen College, em Southampton, por exemplo, disse que dois alunos apresentaram o mesmo trabalho, "e, aliás, significativamente melhor do que qualquer um dos dois poderia ter realizado." "Não apenas isso", acrescentou: "Os trabalhos não respondiam à pergunta que propus."Um professor de Leeds comentou que "havia um trabalho tão flagrantemente "copiado e colado" que incluía até os anúncios da página de web". Connie Robinson, do Stockton Riverside College, em Stockton on Tees, disse que "no caso dos estudantes menos habilidosos é fácil perceber plágios, já que o estilo do texto tende a mudar no meio do trabalho, mas no caso dos mais capacitados os professores ocasionalmente têm de pesquisar na internet a fonte do plágio".Mary Bousted, secretária geral da ATL, disse que "os professores têm de revirar uma montanha de cópias e é difícil determinar se os trabalhos são obra dos alunos ou plágios". Ela pediu medidas rigorosas de combate ao plágio, e quer ajuda dos conselhos que organizam os exames educacionais britânicos e do governo, em forma de recursos e de técnicas que ajudem a desvendar as trapaças.Os 58 por cento de professores que consideram que o plágio é um problema estimaram que mais de um quarto dos trabalhos entregues pelos alunos incluem plágios. Mas há quem discorde. Diana Baker, do Emmanuel College, em Durham, disse acreditar "que a maioria dos estudantes que se envolvem em plágios o fazem mais por ignorância do que por vontade de trapacear". "Eles realmente prefeririam ter sucesso por méritos próprios", comentou. "
Fonte: Plantão Info, 21/01/2008
Um comentário:
A Internet está aí para isso, ajudar alguns e destruir a vida de vários.
eheheheh
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